No que se refere ao conteúdo de cursos e treinamentos, a adaptação e mudança constante é parte essencial de otimização de plataformas LMS. Nesse sentido, o formato SCORM possibilita o compartilhamento e a implementação de conteúdo educacionais em universidades corporativas de forma simples e rápida.
Por isso, no artigo a seguir, você confere tudo sobre o formato SCORM e como ele gera compatibilidade de formatos entre conteúdos e plataformas. Portanto, leia o artigo até o final para saber como o SCORM pode beneficiar a sua estratégia de educação corporativa.
O que é SCORM?
Em resumo, SCORM é a sigla em inglês para Shareable Content Object Reference Model, ou Modelo de Referência de Objeto de Conteúdo Compartilhável. Mas o que isso significa na prática?
Basicamente o SCORM é um modelo de referência para o compartilhamento de conteúdo de forma padronizada. Em suma, ele é um conjunto de normas técnicas que formam um padrão de comunicação que permitem o compartilhamento de conteúdo entre plataformas LMS.
Dessa forma, o formato SCORM permite que diferentes plataformas possam compartilhar conteúdo, facilitando processos de migração e integração, garantindo a compatibilidade. Como resultado, esse padrão permite que uma plataforma LMS possa importar ou exportar cursos inteiros sem dificuldade, o que simplifica a implementação.
O SCORM surgiu como uma solução para um problema específico: anteriormente, a migração de conteúdo entre plataformas LMS era complicado e demandava muito tempo. Além disso, esse processo incorria no risco de perda de dados essenciais durante a migração, o que afetava a progressão dos usuários dessas plataformas.
Com um padrão de comunicação estruturado, esses e outros problemas são eliminados, desde que ambas as plataformas tenham suporte ao SCORM. Dessa forma, além do conteúdo, também são compartilháveis dados essenciais do processo de aprendizagem, como por exemplo:
- Notas e pontuações;
- Progresso do aluno;
- Tempo investido no curso;
- Status de conclusão.
Como resultado, essa compatibilidade permite que os alunos não sejam impactos por migrações de plataforma. Por outro lado, a gestão também ganha em produtividade, uma vez que o processo de mudança garante economia de tempo e confiabilidade.
Versões do SCORM
Ao longo do tempo, o SCORM também teve atualizações importantes, que permitiram que os padrões se adaptassem às crescentes demandas das plataformas LMS. Desde a sua criação entre 1999 e 2000, o SCORM trouxe diversas mudanças importantes.
Dentre os destaques das versões do modelo, temos:
SCORM 1.2: lançada no começo dos anos 2000, é uma das versões mais amplamente utilizadas pelas empresas e conta com o suporte para o rastreamento de conteúdo e interatividade com o LMS.
SCORM 2004: introduzido em 2004, melhorou alguns aspectos em relação às versões anteriores do modelo. Dentre as mudanças estão um rastreamento mais detalhado das atividades e sequências de aprendizado mais complexas, além de melhores recursos de acessibilidade.
SCORM 2004 2ª edição: trouxe melhorias no modelo de sequenciamento e novos recursos para o rastreamento interações com conteúdos baseados em objetos.
SCORM 2004 3ª edição: trouxe melhorias no rastreamento de interações fora do conteúdo principal, permitindo que os sistemas de aprendizagem registrassem atividades do aluno em conteúdos incorporados, como widgets ou simuladores.
Como o SCORM funciona
Agora que vimos o que é SCORM, como esse padrão funciona na prática? Geralmente, os cursos e treinamentos em plataformas (conteúdo, notas, progressão, certificados) LMS é compartilhado por meio de um pacote compilado, chamado de pacote SCORM.

De maneira geral, o pacote SCORM é um arquivo único, geralmente comprimido em formato zip, que contém os seguintes dados:
- Materiais do curso;
- Recursos html;
- Vídeos e áudios;
- Avaliações;
Além disso, esse pacote também conta com um arquivo XML definindo as diretrizes e estrutura do curso para a plataforma LMS que irá hospedar o conteúdo. A interação entre a plataforma e o conteúdo é feita por meio de uma chave de API que permitirá a integração das funcionalidades ao conteúdo.
Com isso, para plataformas que possuem o suporte para o SCORM, a troca de dados de cursos e treinamentos se torna 100% compatível. Por meio desse processo, é possível compartilhar notas, progressos, performance e status de conclusão.
Principais vantagens
Conforme vimos anteriormente, o SCORM permite a migração de cursos e treinamentos entre plataformas LMS de forma precisa e completa. Dito isso, quais as vantagens desse padrão para as empresas que utilizam plataformas LMS?
Dentre as principais exemplos, temos:
Economia de tempo: a implementação de conteúdos na migração de plataformas pode levar muito tempo se feita forma indiscriminada. Com o SCORM o processo se torna simplificado e muito mais ágil, garantindo economia de tempo.
Controle de métricas: ao fazer uma migração de cursos e treinamentos sem perder dados importantes como status de conclusão, notas e certificações, a empresa garante o controle dos principais indicadores sem perder dados durante a migração.
Economia de recursos: para empresas que produzem os próprios cursos e treinamentos, o SCORM é uma forma de reutilizar conteúdos ao mudar de plataforma de educação corporativa.
Interoperabilidade: para empresas que utilizam diferentes plataformas LMS, esse modelo pode é uma forma de unificar o conteúdo de cursos e treinamentos e garantir alinhamento entre setores, ou até mesmo diferentes filiais da empresa.
Portabilidade: O SCORM também garante que cursos e treinamentos tenham portabilidade, uma vez que existe a possibilidade de serem implementados em qualquer plataforma LMS que tenha suporte para isso.
Conclusão
Para concluir, o SCORM trouxe padronização para um processo que anteriormente era complexo e que demandava tempo e recursos das empresas. O uso de um padrão que permite a migração de dados sem nenhum prejuízo para os alunos ou para as empresas faz dele um modelo flexível e altamente confiável.
Para os gestores de estratégias de educação corporativa, que utilizam de maneira ampla plataformas LMS, ele garante segurança e adaptabilidade. Dessa forma, quaisquer mudanças na hospedagem dos conteúdos educacionais são feitas de forma simples e ágil.
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