Sabemos que empresas são bem mais do que um amontado de operações e que times são formados por pessoas com diferentes personalidades e visões. Por isso, fazer uma gestão democrática que consiga conciliar e incluir as pessoas da sua empresa no processo de gestão é algo essencial, mas complexo.
Fazer uma gestão democrática vai além de escutar demandas: as pessoas dentro da sua empresa podem e devem fazer parte do processo decisório. Mas como fazer uma metodologia como essa funcionar em um ambiente tão diferenciado e volátil quanto o meio corporativo?
Para responder a essa pergunta, preparamos o artigo a seguir com 5 formas de construir uma gestão democrática na sua empresa. Siga a leitura para saber mais!
O problema das gestões inflexíveis
Atualmente, um ambiente corporativo saudável é construído de forma conjunta e baseado na pluralidade de pessoas presentes na organização. Já não há mais espaço para o velho estereótipo da gestão feita de forma unilateral, na qual as lideranças ditam o caminho e o time só obedece.
Além de ser prejudicial ao clima e cultura, esse modelo já não atende aos novos paradigmas, que evidenciam uma demanda crescente por empresas mais humanas. Por isso, as gestões democráticas nas empresas não são o futuro, são o presente.
Segundo uma pesquisa feita pela Robert Half, 89% das empresas entendem que melhores resultados estão diretamente ligados à felicidade dos colaboradores. Além disso, dentre aqueles felizes com o próprio trabalho, 58% acreditam que ser tratados com igualdade e respeito contribui para a felicidade no trabalho.
Ainda na mesma pesquisa, o papel das lideranças também é indicado como um fator chave na construção de satisfação entre o time corporativo.
Esses dados demonstram que gestões que focam na participação e que consideram como seus colaboradores podem contribuir no processo decisório criam times mais felizes. E o resultado vai além de produtividade: colaboradores mais felizes trabalham melhor, criam senso de pertencimento na empresa e são muito mais proativos no trabalho.
Desse modo, uma gestão democrática já não é mais uma questão de futuro, ela é uma necessidade presente atualmente nas empresas. Mas como construir de fato uma gestão democrática em um ambiente tão cheio de demandas e relações como o corporativo? Na sequência, você verá algumas formas de fazer isso.
Como construir uma gestão democrática na sua empresa
Conforme vimos anteriormente, a gestão democrática pode ajudar a construir times mais satisfeitos com o trabalho e criar um ambiente organizacional mais saudável. No entanto, quando o assunto é a definição de práticas que contribuam de fato para uma gestão mais democráticas, adotar práticas funcionais ainda é difícil.
Uma gestão democrática e baseada na participação vai exigir mudanças que envolvem a cultura e o comportamento do time. Nesse sentido, o conjunto de práticas adotados na empresa fazem toda a diferença em como a empresa pode fazer com que seu time participe mais do processo decisório.
A seguir, você confere 5 dessas práticas.
Incentive a participação
Sabemos que gestão democrática é sinônimo de cultura participativa, então antes de tudo se pergunte: meus colaboradores estão integrados às decisões que a empresa toma? Na gestão democrática, o seu time não pode estar descolado do processo decisório, uma vez que ele é um dos principais atingidos em eventuais mudanças.
Por isso, incentive as pessoas na sua empresa a participarem mais: da construção dos processos, da definição de ritmo de trabalho, das decisões em situações de crise. Pessoas são mais do que metas batidas e números de produtividade, elas são a chave para o bom funcionamento e futuro do seu negócio.
Sendo assim, nada mais justo que essas pessoas ajudem a construir esse caminho junto à empresa, e isso só é possível com o incentivo e a abertura corretos.
Crie canais de comunicação
Um outro ponto essencial em qualquer gestão democrática é questão da comunicação feita de forma efetiva. Por isso, criar canais de comunicação e saber como gerenciar o feedback que o seu time concede à gestão é essencial nesse caminho.
Conhecer a experiência do colaborador que faz parte do cotidiano na sua empresa pode ajudar a entender como ser mais democrático no processo decisório. Por exemplo, um eNPS baixo pode indicar insatisfação com fatores de ambiente, condições de trabalho e tratamento dentro da empresa.
Sabendo disso, por que não tornar os próprios colaboradores como parte do processo de melhoria da experiência? Com isso, tanto a empresa quanto os colaboradores só tem a ganhar.
Treine as lideranças
Vimos anteriormente, as lideranças possuem um papel crucial na construção de uma cultura participativa e, consequentemente, de uma gestão democrática. Porém, as suas lideranças estão preparadas para fazer o necessário quando as mudanças começarem a acontecer na sua empresa?
Por isso, treinar suas lideranças pode ser o primeiro passo para que elas ajudem na construção desse ambiente corporativo mais democrático. Isso só é possível com a ajuda de uma gestão alinhada e aberta ao que os colaboradores tem para contribuir com a empresa.
Desse modo, a educação corporativa pode ser uma alinhada nesse caminho, ajudando a transformar comportamentos e qualificar suas lideranças.
Descentralize as decisões
Atualmente, as gestões inflexíveis e pouco democráticas estão dando espaço a processos muitos melhores e que dão resultados mais satisfatórios. Uma das bases desse processo é a descentralização do processo decisório na empresa, considerando uma direção horizontal ao invés de vertical.
Em resumo, isso evita que o caminho das decisões seja unilateral e ajuda a promover mais equidade quando se trata de avaliar os impactos dessas decisões. No entanto, não se trata de tirar o poder decisório e gerencial da gestão, mas sim de considerar o ponto de vista dos envolvidos e impactados no processo.
Assim, é possível construir uma gestão benéfica e com a participação de todos.
Invista em transparência
Por fim, mas não menos importante, é pouco eficaz criar uma cultura participativa e manter os seus colaboradores no escuro durante o processo. Por isso, a transparência é um outro pilar importantíssimo na construção de uma gestão democrática na sua empresa.
Com ela, você será capaz de demonstrar aos seus colaboradores todo o caminho das decisões, dos benefícios aos riscos de cada uma. Isso gera maior segurança nas pessoas que fazem parte da sua organização e ajuda a estabelecer uma relação de confiança, base de uma gestão democrática.
Conclusão
Construir uma gestão democrática de verdade não é uma tarefa simples, ainda mais em empresas com culturas engessadas e procedimentos inflexíveis. Porém, é sim possível construir um caminho comum e adotar boas práticas que ajudam a gerar uma cultura participativa na empresa.
Dessa forma, tanto as lideranças, quanto a alta gestão e os colaboradores conseguem fazer parte da definição do melhor caminho para a empresa. E somente com voz ativa de todos os envolvidos dentro da empresa é que se constrói uma gestão democrática e que gera bons resultados.
Gostou desse artigo? Veja também o nosso post sobre Aprendizagem Organizacional!
Até a próxima!
