O que é Síndrome de Burnout e como evitá-la no seu time

Síndrome de Burnout

Atualmente, as empresas tem colocado cada vez mais em pauta assuntos e medidas relacionadas à saúde mental em seus ambientes internos. Um dos exemplos mais claros disso é a discussão em torno da síndrome de burnout e seus principais causadores. 

A síndrome de burnout no ambiente corporativo atrapalha a experiência dos colaboradores e pode trazer inúmeras consequências negativas tanto para empresas quanto para pessoas. Como resultado, gestores de todas as áreas tem buscado formas para entender e lidar com esse problema. 

Mas afinal, o que causa a síndrome de burnout? Por que ela está tão presente nos ambientes de trabalho atuais? Existe tratamento e cura? 

Para responder estas e outras perguntas, preparamos o artigo a seguir para que você entenda o burnout, suas origens e como evitá-lo no seu time. Vamos lá? 

O que é síndrome de burnout? 

Para entender a síndrome de burnout primeiro é necessário entender a origem e significado da expressão que dão nome a ela. Em resumo, o termo burnout vem do inglês e geralmente é usado para descrever situações onde uma fonte de energia ou combustível se esgotou. Por exemplo, quando a gasolina de um carro chega a zero, é comum dizer que o combustível foi “burned out” (queimado, esgotado, em português). 

Assim como acontece no caso dos veículos, seres humanos também possuem suas fontes de energia física e emocional. Da mesma forma, essa energia pode ser gasta até que sobre pouco ou quase nada para continuar. 

É justamente sobre isso que a síndrome de burnout trata: o esgotamento, muitas vezes físico e emocional, e as consequências que ele traz. Em resumo, a síndrome de burnout é o esgotamento causado por repetidas rotinas onde há estresse e pressão. 

Por esse motivo, no Brasil, a síndrome de burnout também é chamada de síndrome do esgotamento profissional. Isso porque o burnout está muito ligado à qualidade de vida no trabalho, já que o ambiente corporativo pode abrigar situações de estresse prolongado. 

Portanto, ambientes de trabalho tóxicos e baseados na cobrança, na pressão e na falta de reconhecimento podem gerar colaboradores com síndrome de burnout. Como resultado, estas pessoas se comportam de maneira desproporcional em relação à própria vida, o que resulta numa dedicação desproporcional ao trabalho. 

Mais do que isso, a síndrome de burnout também gera problemas de saúde física e psíquica, muitas vezes difíceis de tratar. No entanto, o burnout traz consigo alguns sinais e sintomas que podem ajudar a identificar e tratar o problema, conforme veremos a seguir. 

Sinais e sintomas da síndrome de burnout 

Mas afinal, como identificar uma pessoa que pode estar com síndrome de burnout? Primeiramente, é preciso lembrar que o diagnóstico só pode ser feito por profissionais qualificados para isso, como psicólogos e psiquiatras. 

Em muitas situações, é difícil identificar uma pessoa com burnout no trabalho por dois motivos principais. Primeiro, uma pessoa com burnout tende a não perceber que tem a síndrome. Segundo, é comum que colegas e gestores confundam o burnout com uma mera “dedicação ao trabalho” ou “coisa de workaholic”. 

Porém, existe uma diferença entre trabalhar algumas horas extras por gostar do trabalho e trabalhar mais por pressão e medo. Por isso, quando o trabalho toma uma parte desproporcional da vida, gerando estresse e ansiedade, então é o momento de procurar ou indicar ajuda profissional. 

Segundo o Ministério da Saúde, alguns dos sintomas da síndrome de burnout são os seguintes: 

  • Cansaço físico e emocional em excesso;
  • Dores de cabeça;
  • Insônia;
  • Baixa concentração;
  • Negatividade e cinismo em relação ao trabalho;
  • Alterações de humor e apetite;
  • Isolamento;
  • Sentimento de derrota e desesperança.

Além desses sintomas, também é possível observar um constante sentimento de incompetência, onde a pessoa sente que, por mais que se esforce, seu trabalho nunca é suficiente. Por isso, ao observar estes sintomas, procure ou indique ajuda profissional para diagnosticar e cuidar do burnout. 

Crescimento da síndrome de burnout 

A discussão em torno da síndrome de burnout é relativamente recente e tem sido colocada em pauta nos últimos anos por empresas e órgãos de saúde. O estresse ocupacional se tornou uma queixa crescente de pessoas trabalhando em diversas áreas e isso tem acendido a luz amarela para muitas empresas. 

Um grande exemplo de como o burnout aumentou nos últimos anos é o cenário de pandemia que se estabeleceu em 2020. Ao mesmo tempo que casos de infecção cresciam pelo mundo, a quantidade trabalho e estresse aumentou drasticamente para uma população específica: os profissionais da saúde. 

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR),1 em cada 6 profissionais da saúde no Brasil demonstra sinais de burnout. Esse estudo revela que longas rotinas de trabalho, pressão e pouco reconhecimento podem estar por trás de afastamentos por conta do burnout. 

Em 2022, a OMS reconheceu a síndrome de burnout como uma doença ocupacional causada por estresse de trabalho que não foi administrado corretamente. Na prática isso significa que agora a síndrome de burnout passou de fenômeno do trabalho para um estresse crônico gerado por ele.  

Além disso, a nova definição deixa mais clara a responsabilidade das empresas nos casos da síndrome. 

Com o crescimento dos casos de síndrome de burnout nas empresas, cabe também às gestões dessas organizações criar medidas para evitá-lo em seus ambientes. Mas como o RH e as gestões podem criar um ambiente mais aberto e que contribui para diminuir casos de burnout? É o que veremos a seguir. 

Como evitar o burnout no seu time 

Evitar ou tratar o burnout é uma questão que exige uma atuação conjunta entre colaboradores, profissionais habilitados e as empresas, e não há fórmulas prontas. No entanto, no caso das empresas, existem medidas que podem contribuir para um clima organizacional que considere também o bem estar no ambiente corporativo. 

Reconheça seu time 

A falta de reconhecimento é um dos fatores que mais contribui e agrava os casos de burnout dentro das empresas. Por isso, crie inciativas de reconhecimento, para que as pessoas no seu time de colaboradores e se sintam valorizadas e necessárias. 

Dessa forma, você ajuda a criar um ambiente onde todas as pessoas trabalhando se sentem melhor e parte crucial do time. Assim, você colhe equipes de trabalho mais engajadas e felizes no trabalho. 

Quebre a rotina 

Nem tudo no trabalho precisa ser, necessariamente, sobre o trabalho. Uma forma de tornar a rotina de trabalho menos maçante e mais descontraída são ações que quebram essa rotina. 

Por isso, você pode usar dinâmicas, ações de relaxamento, gincanas e outras alternativas que permitam pausas de lazer no trabalho. Dessa forma, você cria um ambiente onde o trabalho é tão importante quanto as pausas para descansar o corpo e a mente. 

Estimule a atividade física 

Os exercícios físicos são comprovadamente uma forma de combater os prejuízos à saúde mental. Então, estimular a prática física dentro e fora do ambiente corporativo pode proporcionar um time mais saudável, física e mentalmente. 

Você pode fazer isso através de várias ações, como é caso da ginástica laboral. Existem até mesmo empresas que estão adotando o modelo de academias corporativas para seus colaboradores. 

Incentive o Mindfulness 

Foco da mente na situação presente, esse é o principal objetivo da alternativa conhecida como mindfulness. Em outras palavras, o mindfulness ajuda a manter uma mente presente e com foco no dia a dia, incluindo o trabalho. 

Nesse sentido, aproxime profissionais especializados como psicólogos e psiquiatras do ambiente interno da empresa. Essa e outras alternativas de psicoterapia no trabalho podem ser sua maior arma para combater e evitar o burnout. 

Agora que você já sabe o que é burnout e como evitá-lo no seu time, que tal começar agora mesmo? Boa sorte e até a próxima! 

Por:
Graduado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Goiás, busca alcançar novos horizontes e desafios no campo da gestão do agronegócio. Aproximar as áreas de gestão dos processos humanizados e eficazes é um de seus principais objetivos, sempre levando em conta a qualidade e a credibilidade na produção de conteúdos úteis e concisos.
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