Como a experiência do usuário pode potencializar o aprendizado

Experiência do Usuário

Nos últimos anos, a experiência do usuário, também chamada de UX, vem ganhando destaque no mercado por conta da sua influência nos resultados das empresas. Isso porque a experiência conquistou um papel central nas estratégias de diversos setores, incluindo o de recursos humanos e de gestão de pessoas. 

No entanto, quando bem desenhada, a experiência do usuário pode proporcionar benefícios para além da estratégia mercadológica. Um dos principais exemplos está na contribuição da experiência do usuário nos processos de treinamento e aprendizagem dentro das empresas. 

Por isso, o artigo a seguir vai explicar o que é experiência do usuário e como ela pode potencializar as suas ações de educação corporativa. 

Vamos lá? 

O que é experiência do usuário? 

Atualmente, vivemos na era da experiência: experiência do cliente, experiência do colaborador e, claro, experiência do usuário já fazem parte do vocabulário corporativo. Este último sendo o foco de um setor em constante crescimento e que ganha cada vez mais protagonismo nas empresas. 

Também chamada de User Experience (UX),a experiência do usuário é um conceito que leva em conta a experiência de um usuário com um produto, serviço, sistema, entre outros. Por isso, esse modelo ganhou força nas empresas, uma vez que a experiência proporcionada faz toda a diferença no sucesso de um produto ou serviço. 

Em suma, a experiência do usuário tem como sua principal base a interação e os resultados obtidos através dela. Desse modo, quando se fala em experiência do usuário também se fala em UX design, responsável por analisar e desenhar essas experiências. 

Apesar de ter ganho uma atenção crescente nos últimos anos, a experiência do usuário não é um conceito recente. Mas, no que diz respeito a origem do termo, a criação do termo “User Experience” é geralmente creditada ao cientista cognitivo Don Norman. 

Norman é considerado um dos primeiros profissionais a ter de fato uma atuação profissional sob o cargo de UX designer, ainda nos anos 90. Essa atuação no desenho de experiências resultou no livro “Design Emocional”, que visa definir um pouco melhor quais designs fazem pessoas felizes e porquê. 

O livro tem como objetivo entender a relação entre beleza e funcionalidade e a razão pela qual preferimos algumas coisas em detrimento de outras. Como resultado, o livro de Norman leva em conta os princípios do design para trazer à tona três níveis de design que influenciam a experiência: visceral, comportamental e reflexivo

A seguir veremos no que consistem esses níveis de design. 

Visceral 

O nível visceral do design está ligado ao subconsciente do usuário e tem como base os aspectos sensoriais e perceptíveis do usuário acerca do objeto. Por isso, elementos superficiais como a aparência, formatos e estilos influenciam a experiência do usuário e fazem parte do design visceral. 

Esse nível de design explica, por exemplo, porque optamos por um determinado produto em relação a outro, mesmo que ambos entreguem a mesma funcionalidade. Ou seja, o fator visceral faz com que o usuário perceba valores diferentes em produtos que são essencialmente iguais. 

Um bom exemplo do uso de design visceral está nas estratégias de marketing e branding, que muitas vezes utilizam esse elemento como forma de criar diferenciação no mercado. Dessa forma, os valores, subjetividades e crenças também devem ser levados em conta no design de experiência do usuário. Esses fatores influenciam as respostas emocionais do usuário e, consequentemente, melhoram ou pioram a sua experiência. 

Mas cuidado: ao desenhar a experiência do usuário, é comum cair na armadilha de acreditar que ela se trata apenas de aparência e interface. No entanto, esse é apenas um dos níveis que fazem parte de um processo muito maior. 

Comportamental 

O nível comportamental do design leva em conta o uso propriamente dito por parte do usuário, sendo muitas vezes chamado de usabilidade. Sendo assim, nesse nível é levado em conta o comportamento diante do uso e o prazer obtido por meio dele. 

Para tanto, o design comportamental observa toda a jornada de um usuário em relação ao objeto de uso. Além disso, o nível comportamental observa todo o conjunto de tarefas relacionadas à usabilidade e o nível de facilidade do usuário nesse processo. 

Aqui são consideradas o subconsciente e as limitações de cada usuário, que vão interferir na usabilidade do objeto. Desse modo, algumas questões chaves desse nível incluem o quão rápido e simplificado é o uso e quais erros podem ser encontrados no caminho. 

Nesse caso, produtos que trazem maior facilidade de uso trazem maior satisfação em retorno, melhorando a experiência do usuário. Por isso, sempre considere como sua plataforma, produto ou serviço está entregando experiência do ponto de vista do uso em si. 

Reflexivo 

O último nível do design emocional é o que considera como nos sentimos ao usar um produto ou serviço, por exemplo. Portanto, o objeto aqui são as impressões que temos acerca do uso e o qual o peso da experiência do ponto de vista da nossa própria imagem. 

Outro ponto importante sobre o nível reflexivo é que ele conversa com o nível visceral. Por exemplo, o usuário pode contrabalancear problemas de usabilidade se ele perceber outros benefícios intangíveis em um produto. 

O nível reflexivo do design é onde o usuário encontra os pontos positivos e negativos que compõem a preferência por um produto ou serviço. Sendo assim, este é o ponto onde a experiência encontra o lado racional e cria significado para o usuário. 

Para entender um pouco melhor, pense na última vez que você decidiu comprar um produto pela segunda vez. O que fez com que você adquirisse aquele produto ou serviço novamente? Quais elementos foram essenciais para que você tomasse essa decisão? Desse modo, você cria uma percepção de valor a partir da experiência, que é uma das bases do design reflexivo. 

Por fim, lembre-se que os 3 níveis do design não andam separados e devem conversar entre si para aprimorar a experiência do usuário. Dessa forma, é possível entregar melhores experiências. 

Experiência do usuário e aprendizagem 

Atualmente, é muito comum ouvir falar da experiência do usuário de um ponto de vista de estratégia de mercado. No entanto, esse modelo traz benefícios para diversas outras áreas, como é o caso do setor da educação. 

Com o crescimento das plataformas digitais, sobretudo no âmbito educacional, construir boas experiências tem sido o foco na geração de melhores índices de aprendizagem. Nesse sentido, construir experiências que sejam intuitivas, atrativas e bem construídas melhoram o aprendizado e, consequentemente, os resultados obtidos. 

A tecnologia tem sido uma das principais aliadas na construção de novas relações de aprendizado e disseminação de conhecimentos. A transformação digital possibilita novos formatos que tenham como foco as melhores formas de retenção de conteúdo e aprendizado de acordo com a experiência do aluno. 

Como resultado, nos últimos anos, os conceitos de experiência do usuário e aprendizagem aliados a novas tecnologias vem ganhando força no setor educacional. O Censo Escolar 2020 divulgado pelo Inep demonstra um crescimento no investimento em novas tecnologias nas escolas brasileiras. Dentre as principais ferramentas adotadas, em maior parte por conta do impacto da pandemia, estão lousas digitais, projetores multimídia, computadores e internet. 

Esse processo ajuda a criar novas vivências em torno da aprendizagem dentro das escolas. Porém, não foi somente nas escolas que o aprendizado foi potencializado, já que dentro das empresas esse conceito também ganhou força. 

Educação Corporativa aliada à experiência do usuário 

Conforme vimos, a experiência do usuário vai além do conceito mercadológico, beneficiando diversos setores com diferentes objetivos. Quando o assunto é educação corporativa, por exemplo, a experiência do usuário pode fazer toda a diferença. 

Cada vez mais empresas estão percebendo que as ações de educação corporativa precisam levar em conta o ponto de vista do colaborador em torno do aprendizado. Desse modo, a experiência do usuário se torna uma ferramenta importante não só na construção desses processos de qualificação, como também na obtenção de melhores resultados com esses treinamentos. 

Um dos exemplos desse processo de transformação é a gamificação, que transforma a dinâmica dos treinamentos corporativos. O formato em game permite que o colaborador se sinta mais engajado durante o treinamento e, como resultado, obtenha uma melhor experiência. 

Por fim, o investimento em plataformas mais interativas e on-line criam uma ponte para que o colaborador tenha mais autonomia em seus processos de aprendizagem. Desse modo, a educação corporativa e a experiência do usuário caminham lado a lado rumo a construção de times mais qualificados e satisfeitos dentro das empresas. 

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Por:
Graduado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Goiás, busca alcançar novos horizontes e desafios no campo da gestão do agronegócio. Aproximar as áreas de gestão dos processos humanizados e eficazes é um de seus principais objetivos, sempre levando em conta a qualidade e a credibilidade na produção de conteúdos úteis e concisos.
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